1968, o Sonho acabou?
Meres Chaves
“Cadeiras Cativas”
“...Brasil, um sonho intenso, um raio vívido
De amor e de esperança à terra desce
Se em teu formoso céu, risonho e límpido...”
A imagem revolucionária política resplandeceu em um cenário cultural e social, modificando costumes, hábitos, maneiras de ser, de pensar e de agir. O movimento estudantil era poderoso e iam às ruas com vigor de uma juventude que acreditava que “empinar pipas é possível, mas que com cerol seria crime”.
Mudaram as estações e um novo tempo surgiu nos permitindo... Dizendo que às vezes o sonho é amarelo e que faz parte de uma classe média alta, mas... sonhar não paga impostos, o sonho insiste e persiste em existir, isso é permitido mesmo que custe o brilho das estrelas.
A peça teatral “Cadeiras Cativas”, lotou o auditório da Faculdade Estácio de Sá BH com a direção da professora e atriz Cristiane Cândido. Trazendo uma performance de 68, a autora conseguiu enfatizar a vida na época da ditadura militar. Os idealistas se manifestavam, as mulheres radicalizavam, a riqueza aparecia e a pobreza transbordava. Novos costumes culturais surgiram, o movimento “Hippie” explodia em “paz e amor”, a maconha e outras drogas surgiram com determinação de contaminar as almas tornando-as cativas e dependentes.
Em meios a tantos constrangimentos sociais, a peça “Cadeiras Cativas” abordou a influência política e o comportamento das pessoas daquela época. Tatiana Perdigão, aluna do curso de publicidade, atriz e cantora, responsável pela trilha sonora original da peça diz que “Cadeiras Cativas” mostra a realidade de uma época marcante para todos os povos, com o poder de exibir a vida e a luta para sobreviver às tempestades daquela época e que também aborda o comodismo de algumas pessoas que preferiam voltar ao regresso e achar que assim é melhor e aproveitar para dizer: “Pode chegar, pode escolher, a cadeira foi feita para você.”
Nenhum comentário:
Postar um comentário